quarta-feira, 24 de maio de 2017

Por roubar chocolate, mulher é condenada a pena maior que réus da Lava-Jato


Uma mulher presa por roubar ovos de Páscoa em um supermercado em 2015 pode ser solta em breve. É que a Defensoria Pública de São Paulo entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) solicitando anulação da sentença.
De acordo com a colunista Mônica Bérgamo, da Folha de S. Paulo, a pena determinada para o crime cometido foi de três anos e dois meses, em regime fechado. Na época, ela estava grávida.
Ainda segundo a jornalista, a sentença chega a ser maior do que a dos réus da Lava Jato. É o caso do executivo João Procópio Junqueira, que teve sentença determinada em apenas dois anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro.
Isso só acontece no Brasil. Os políticos implicados na Lava-Jato que roubaram milhões do dinheiro público estão sendo condenados a poucos anos de cadeia, enquanto que uma mulher grávida ao roubar apenas ovos de Páscoa, pegou uma pena maior em regime fechado.
Não estou aqui defendendo a mulher, que também cometeu um crime. Mas se compararmos o seu roubo com os citados da operação Lava-Jato, os condenados eram para ter pego no mínimo uma pena de trinta anos em regime fechado. Os ladrões engravatados têm mais direito do que uma pobre cidadã, que não tendo dinheiro para comprar ovos de Páscoa, resolveu roubá-los. A diferença é que eles roubaram milhões dos cofres públicos sem necessidade, e a cidadã roubou apenas ovos de chocolate por necessidade.

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