O
Ministério Público Eleitoral (MPE) apresentou nesta segunda-feira (15)
as alegações finais sobre o processo de cassação da chapa Dilma-Temer,
vencedora das eleições de 2014. No documento em questão, Nicolao Dino,
vice-procurador-geral, reitera o pedido de cassação de Michel Temer e
Dilma Rousseff, além de requerir a inelegibilidade da petista por oito
anos.
Neste
novo documento, as alegações anteriormente apresentadas por Dino, na
primeira fase do julgamento, são reforçadas. PT, PMDB e PSDB, partes
envolvidas no processo, também entregaram nesta segunda-feira suas
alegações finais.
A
grande mudança em relação ao processo conduzido por Dino é a inclusão
dos depoimentos dos marqueteiros João Santa e Monica Moura. Ouvidos em
24 de abril em processo de delação premiada, eles afirmaram que Dilma
tinha conhecimento do pagamento de caixa 2 para sua campanha por parte
da Odebrecht.
O
MPE afirma que a ex-presidente tinha conhecimento da forma como a
Odebrecht estava financiando sua campanha e se omitiu. Em relação a
Temer, o procurador não cita diretamente o conhecimento sobre caixa 2,
mas solicita que a chapa seja cassada sem separação entre a petista e o
peemedebista.
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não tem data certa para
reformar o julgamento. A expectativa é que o retorno aconteça até o
início de junho. Os pedidos que o vice-procurador faz constam apenas
como parte do processo. Ou seja, eles não correspondem, necessariamente,
à decisão que será tomada pelo ministro Herman Benjamin.
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