quinta-feira, 13 de julho de 2017

Bradesco lança programa de demissão voluntária


O Bradesco anunciou nesta quinta-feira (13) a abertura de um programa de demissão voluntária para funcionários do banco, sem definir metas para adesão entre os empregados.
A instituição financeira também não detalhou os requisitos necessários para aderir ao plano. Segundo o Bradesco, a redução do quadro de funcionários não vai afetar "o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e usuários, em todas as localidades em que atua".
Até o primeiro trimestre do ano, o Bradesco tinha 106.644 funcionários. A remuneração dos empregados somada a encargos e benefícios totalizou, no período, R$ 4,244 bilhões, segundo o balanço do banco.
Não há detalhes sobre o impacto que o programa poderia ter sobre o número de agências que o banco possui ;havia 5.122 no final do primeiro trimestre.
O enxugamento do quadro de funcionários ocorre em um contexto em que o banco elevou a aposta no ambiente digital e pouco tempo depois da compra do HSBC, aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) em junho do ano passado.
Em agosto de 2015, o Bradesco anunciou a compra da operação brasileira do HSBC por R$ 16 bilhões. Em novembro do ano passado, o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, afirmou que o Bradesco poderia fechar agências e transferi-las para postos de atendimento menores, em meio a uma sobreposição de unidades do HSBC.
Em junho deste ano, o Bradesco lançou a plataforma Next, um banco totalmente digital, com serviços de conta-corrente, cartões (crédito e débito) e investimentos voltado ao público jovem.
A plataforma permite criar objetivos financeiros, definir um orçamento mensal e organizar "vaquinhas" para eventos. O processo de abertura de conta é todo digital, sem necessidade de ir a uma agência bancária. 
O setor bancário está sentindo as consequências da crise econômica que o país atravessa, por isso o maior banco privado brasileiro, o  Bradesco, investiu pesado no setor de automação, visando reduzir o número de funcionários para enxugar a folha de pagamento de suas agências. Diante disso, lançou o programa de demissão voluntária para seus funcionários. Como sempre, numa crise econômica, só quem perde são os trabalhadores, pois o patrão não tem dó dos funcionários.


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