Já passa de 100 o número de
mulheres assassinadas no Ceará em 2017. Em junho, 22 foram mortas em
todo o estado, com a maioria dos casos registrados no Interior: 10
assassinatos. Outros sete homicídios aconteceram na Capital e mais cinco
em Municípios da Região Metropolitana de Fortaleza. No acumulado do ano, o Ceará já
registrou 106 casos de feminicídios.
Também foi maioria os casos dos assassinatos com armas de fogo. Das
22 mulheres assassinadas em junho, 19 foram atingidas mortalmente por
tiros. Duas foram esfaqueadas e uma provavelmente estrangulada.
Muitos dos crimes tiveram ligação com o tráfico de drogas e outros de
motivos ainda misteriosos. Já os crimes passionais representaram menos
de 20 por cento.
Mistério
Um dos feminicídios que tiveram repercussão no mês de junho aconteceu
em Fortaleza. A vítima foi uma assessora parlamentar da Assembleia
Legislativa. Na manhã do dia 9 de junho, Sandra Rafaela Jéferson Bastos,
29 anos, foi executada a tiros na Avenida Mozart Gondim, no bairro Vila
Velha. Ela voltava da academia de ginástica quando foi surpreendida por
um bandido que disparou, pelo menos, oito tiros de pistola.
Sandra Rafaela teve morte imediata. Segundo a Polícia, o crime pode
estar ligado ao tráfico de drogas naquela comunidade. O pai dela e o
namorado, além de um irmão, foram também assassinados no mesmo lugar e
ela estaria sob ameaças de traficantes da região.
Duas mulheres tombaram sem vida em meio a uma chacina ocorrida na
noite de 12 de junho na cidade de Horizonte, na Região Metropolitana de
Fortaleza. Bruna Érika de Sousa, 22 anos; e Rafaela Alves Silveira, 19,
foram assassinadas juntamente com dois homens e mais uma criança de 3
anos de idade, filha de Bruna.
A adolescente Ketlyn Sabrina Oliveira do Nascimento, 17anos, foi
morta, com vários tiros de pistola, na noite de 22 de junho em frente a
uma casa que servia de terreiro de Umbanda, localizada na Rua Ana
Batista, no bairro Jardim Iracema, em Fortaleza. Ela teria sido morta
por ordem de traficantes, segundo apurou inicialmente a Polícia.
Latrocínio
No bairro Vila Velha, uma dona de casa de 64 anos foi morta durante
um assalto. Elisete Lima Sousa, mão de um policial militar, foi atacada
por assaltantes na manhã do dia 18 de junho. Ela estava em um ponto de
ônibus no bairro Vila Velha, quando foi surpreendida por assaltantes e
terminou sendo baleada, morrendo quando era atendida em um hospital de
emergência.
Em Juazeiro do Norte, uma moradora de rua e andarilha foi
assassinada, a tiros, enquanto dormia num abrigo de ponto de ônibus na
rodovia estadual CE-060, comunidade de Vila Três Marias.
A estudante Renata da Silva Alves, 17 anos foi morta a tiros na Praça
do Conjunto Jatobá, na área do Grande Bom Jardim, em Fortaleza, na
noite de 26 de junho. Segundo as investigações, o crime foi ordenado por
um ex-namorado da garota, um traficante que está preso em uma unidade
do Sistema Penitenciário e teria descoberto que a namorada estava lhe
traindo.
O aumento do número de feminicídios é em decorrência da falta de impunidade contra os criminosos. Hoje, a mulher está sujeita, a qualquer momento, sofrer violência por parte de um indivíduo, seja pelo seu companheiro, por um estuprador, por um bandido, por um vizinho ou por alguém da própria família.Só Deus pode proteger as mulheres das garras violentas dos criminosos.
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