quinta-feira, 13 de julho de 2017

4 milhões de brasileiros sem banheiros, defecam ao ar livre


Cerca de 3 milhões de brasileiros - ou 11% da população rural - ainda não contam com banheiros. Se somados ao mais de 1 milhão nas zonas urbanas na mesma situação, o País registra mais de 4 milhões de habitantes que precisam defecar ao ar livre. Os dados foram publicados nessa quarta-feira, 12, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês), que ainda destacam que, de uma forma geral, 61% dos brasileiros no campo e na cidade não dispõem de saneamento básico seguro.
Os números fazem parte de um alerta mundial que as entidades lançam para a necessidade de que governos invistam em água e saneamento.
De cada dez pessoas no mundo, três ainda não têm acesso à água potável. Seis de cada dez tampouco contam com saneamento básico seguro. No total, são 4,5 bilhões de pessoas sem saneamento e 2,1 bilhões sem água.
"A água potável, o saneamento e a higiene em casas não podem ser privilégios exclusivos dos ricos ou daqueles que vivem em centros urbanos", declarou o novo diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus. "Todos os países devem ter a responsabilidade de garantir que todo o mundo possa aceder a esses serviços."
Avanços

Os dados revelam que os avanços entre 2000 e 2015 foram importantes. Mas, ainda assim, o trabalho está longe de ser concluído.
Hoje, apenas 64% dos brasileiros dispõem de esgoto conectado. Mas, em 2000, essa taxa era de apenas 42%. De acordo com a OMS, 39% dos brasileiros tinham acesso a saneamento seguro em 2015. Quinze anos antes, essa taxa era de 26%. O avanço, segundo os especialistas, não foi suficiente, e mais da metade da população do País ainda não tem seus direitos plenamente respeitados.
Quanto à população rural que ainda precisa fazer suas necessidades ao ar livre, a taxa caiu em 15 anos - mas apenas de 16% em 2000 para 11% em 2015. Nesse ritmo, esse problema apenas seria resolvido em 2045.
Maria Neira, responsável na OMS pelo Departamento de Saúde Pública, acredita que o Brasil tenha registrado "alguns avanços" nos últimos 15 anos. Porém, destaca que as disparidades entre as regiões mais pobres e mais ricas do País ainda é um problema.
O Brasil, apesar de fazer parte do grupo dos países emergentes, apresenta gritantes desigualdades sociais .Nosso povo não tem moradia digna, não dispõe de saneamento básico e nem de banheiros. Esse é o país da riqueza de poucos, da pobreza extrema de muitos e também da corrupção.

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