DIÁRIO DA SECA
Na dureza aparente de quem vive na zona rural, mesmo tão próximo da cidade grande, a esperança é expressa pelo olhar. A seca mais severa dos últimos 50 anos não exclui ninguém na luta pela água. A oferta que ainda resta nos reservatórios e mananciais representa vida, esperança e sobrevivência. Em cinco anos de estiagem, a seca extrapola limites e chega determinada na Região Metropolitana de Fortaleza.
CLIMA
O geógrafo Jeovah Meireles, da UFC, analisa que o clima do Ceará é marcado pela aridez. As secas são periódicas e, desde que a ocupação territorial foi consolidada, a população busca alternativas.
Grande parcela do território do Ceará, em torno de 85,47%, é suscetível à desertificação. Assim, as áreas passíveis a esse processo, no Ceará, são os núcleos de Irauçuba, Santa Quitéria e Canindé, as regiões dos Inhamuns/Sertões de Crateús e o Médio Jaguaribe.
Para os meteorologistas da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos(Funceme) , o período do momento, é o mais severo já enfrentado pelo cearense, com consequências imensuráveis não só para o adulto, como, principalmente, para a criança e adolescente. Não importa a faixa etária, o que se faz, como se vive. Todos dependem da água para viver.
Independente que a Região Metropolitana de Fortaleza não esteja inserida no conceito de desertificação, a problemática da seca que ocorre nas áreas cincunvizinhas ou sertanejas repercute na RMF, por meio dos seus aspectos socioambientais, pois tudo está conectado.
Preocupado com a situação da falta de chuva no nosso querido Ceará e a falta d'água para os irmãos cearenses, peço que cada um ore a Deus e a São José, nosso padroeiro, pedindo que em 2017 tenhamos um bom inverno, garantindo o aumento da capacidade de água dos nossos reservatórios, e cessando o sacrifício e o sofrimento vivido pelo nosso povo, especialmente por aqueles que moram na zona rural.
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